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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Estado português ainda mata porcos e avia remédios

Estado português ainda mata porcos e avia remédios



Na corrida às privatizações que o Governo português vai lançar, todos os contributos são poucos para reduzir a dívida pública, mesmo que das origens mais improváveis, como a fábrica de chouriços, a farmácia ou o matadouro que o Estado detém.

Na corrida às privatizações que o Governo português vai lançar, todos os contributos são poucos para reduzir a dívida pública, mesmo que das origens mais improváveis, como a fábrica de chouriços, a farmácia ou o matadouro que o Estado detém.

O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) prevê a privatização de 32 empresas, com um capital social de 436,8 milhões de euros, uma programa que alienações que o Governo, pela voz do ministro Teixeira dos Santos, prevê que permita encaixar seis mil milhões de euros.

A potencial lista de vendas de participações do Estado inclui nomes sonantes do parque empresarial português, como a ZON, a TAP, a Inapa, a EDP ou a REN, para além do notório Banco Português de Negócios.

Mas na carteira de participações que a Direcção Geral do Tesouro e Finanças publica há também para vender negócios com menos lustro, mas que não deixam de contribuir para o abate da dívida, como fábricas de chouriços, uma farmácia, um centro cultural e recreativo e até um centro de abate de suínos.

A "carteira alimentar" do Estado faz-se, assim, com participações de 19,6 por cento, a percentagem que os contribuintes detêm no Centro de Abate de Suínos do Oeste (CASE) e no grupo Dilop, fornecedor industrial de carnes de porco e derivados, que inclui o negócio da Dilop - Charcutaria, Cozidos e Fumados.

O Estado está também presente no negócio das bebidas - são 187 euros na Companhia de Cervejas Estrela, nacionalizada em 1975 e reprivatizada por Mário Soares, em 1977, pata além dos 160 euros na Sociedade Águas da Cúria.

Na Carteira Acessória das participações do Estado, com data de 31 de dezembro de 2009, estão também posições empresariais insólitas como os 2,5 euros na Cooperativa Cultural e Recreativa da Gafanha da Nazaré ou 14,97 euros na Sociedade Turística da Penina.

Em Carcavelos, o Estado assegura a venda de medicamentos, em especial através da Farmácia Central daquela freguesia no distrito de Cascais, detida a 95 por cento pelo contribuinte, um investimento com um valor nominal de 4,75 mil euros.

Para lá de Carcavelos, o braço das participações do Estado ultrapassa as fronteiras portuguesas, chegando à Ásia, com os 0,01 por cento que o Grupo Caixa Geral de Depósitos tem na Jetco, a rede de multibancos de Macau, ou com os cinco por cento que o Estado tem na Efacec International Financing, que controla a Efacec Malaysia.

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