Luva de protecção biodegradável desenvolvida em POIARES
Uma nova luva de protecção industrial totalmente biodegradável está a ser desenvolvida em Poiares e poderá entrar no mercado dentro de dois anos, através da multinacional Marigold Industrial, sedeada em França.
O revestimento biodegradável está a ser desenvolvido por uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), num projecto de investigação financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O desafio partiu da própria empresa, com o objectivo de resolver um problema ambiental provocado pelos actuais materiais usados no fabrico das luvas de protecção industrial, segundo uma nota divulgada hoje pela FCTUC.
“O importante é criar uma luva com produtos naturais, mas que não aumentem o preço do produto”, disse hoje a catedrática Maria Helena Gil, que lidera a equipa de investigação da FCTUC.
O projecto está a ser desenvolvido em parceria com a equipa de Investigação e Desenvolvimento da empresa - um dos líderes mundiais na produção de luvas para uso industrial -, que concebeu um fio natural para a tricotagem de uma luva totalmente biodegradável.
“A grande dificuldade residia em conceber um revestimento biodegradável para substituir o polímero sintético utilizado presentemente”, refere a nota da FCTUC.
Após diversos estudos com polímeros naturais, como proteína de soja, amido e quitosano, os investigadores “já conseguiram praticamente optimizar o processo”, disse a docente universitária.
As luvas industriais têm de obedecer a “requisitos muito exigentes”, como a resistência a altas temperaturas e à corrosão e possuir elevado nível de aderência aos objectos, explicou Adelaide Araújo, bolseira do projecto iniciado há um ano.
A investigadora sublinhou que “os revestimentos actuais, geralmente feitos à base de polímeros sintéticos (plástico) são não degradáveis e tóxicos”.
A Marigold Industrial possui uma fábrica em Vila Nova de Poiares, distrito de Coimbra, onde trabalham cerca de 220 pessoas, disse à Lusa fonte da empresa.
1 Comentários:
Afinal não é tudo mau. Até já escolhem cabeças portuguesas para estudos. Boa notícia. Que satisfação.
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