PRAXE ACADEMICA - “CARTOLA E BENGALA”
A cartola e a Bengala são adereços que são usados pelos estudantes que estão no último ano do curso, a partir do dia do cortejo da Queima das Fitas até ao último dia dos festejos. Podem ser usados vários anos, desde que o estudante não acabe o curso e se mantenha no último ano (se mudar de curso, perde o direito de os usar).
Foi com o curso do V ano médico de 1931-1932, o curso do Dr. Henrique Pereira da Mota (o Pantaleão, que participa na história do placard da entrada), o curso dos cocos, que se iniciou esta tradição na Queima das Fitas.
Pela Praxe, os cartolados podem trazer apenas batina, cujas bandas devem ser de cetim da cor da respectiva faculdade e as abas arredondadas dobrando e pregando as duas extremidades inferiores, dando um aspecto de fraque.
A Cartola é de cartão, das cores do curso, ou, caso o cartolado seja veterano, pode ser preta com uma tira ou fita das cores do curso; ou das cores do curso com uma fita preta.
O laço e a roseta são das cores do curso; o laço também pode ser preto, mas não é usual, e a roseta usa-se na lapela do lado esquerdo da batina, podendo também ser substituído por uma flor natural.
A bengala é das cores do curso (fórmula mais usual), embora possa ser da cor natural da madeira ou, no caso dos veteranos, de cor preta.
Os cartolados costumam seguir a pé no cortejo da Queima das Fitas, normalmente à frente de um carro alegórico do seu curso (embora possam seguir, no cortejo, onde quiserem).
No fundo, a Cartola e a Bengala, fazem parte dos festejos da Queima das fitas e, tal como ela, representam a tristeza do adeus a Coimbra.
“Todas as cerimónias da Queima das Fitas, têm o seu quê de exéquias. São as fitas que se passam, acto simbólico em que está uma desistência – ávida despreocupada – o abandono de muita coisa: tudo o que Coimbra representa para a idade com que lá passamos – É o cortejo dos carros alegóricos, na verdade um adeus à cidade que nos acarinhou e que vem agora toda para a rua corresponder a esse adeus. É a cidade engalanada à beira dos passeios e pelas janelas lançando flores sobre os que, dentro em pouco, hão-de partir. São todos num gesto de quem agita lenços de despedida. Além daquelas, todas as cerimónias em que se desdobra a Queima das Fitas soam funebremente no nosso coração. O que se pretende é a euforia provocada pela exaltação. Estudante mais bêbedo é o estudante mais triste, é aquele a quem mais custa deixar Coimbra, aquele que acreditou que podia ser toda a vida rapaz e que só havia uma estação: a Primavera de Coimbra.”
António Rodrigues Lopes, “A sociedade tradicional Académica Coimbrã”
Foi com o curso do V ano médico de 1931-1932, o curso do Dr. Henrique Pereira da Mota (o Pantaleão, que participa na história do placard da entrada), o curso dos cocos, que se iniciou esta tradição na Queima das Fitas.
Pela Praxe, os cartolados podem trazer apenas batina, cujas bandas devem ser de cetim da cor da respectiva faculdade e as abas arredondadas dobrando e pregando as duas extremidades inferiores, dando um aspecto de fraque.
A Cartola é de cartão, das cores do curso, ou, caso o cartolado seja veterano, pode ser preta com uma tira ou fita das cores do curso; ou das cores do curso com uma fita preta.
O laço e a roseta são das cores do curso; o laço também pode ser preto, mas não é usual, e a roseta usa-se na lapela do lado esquerdo da batina, podendo também ser substituído por uma flor natural.
A bengala é das cores do curso (fórmula mais usual), embora possa ser da cor natural da madeira ou, no caso dos veteranos, de cor preta.
Os cartolados costumam seguir a pé no cortejo da Queima das Fitas, normalmente à frente de um carro alegórico do seu curso (embora possam seguir, no cortejo, onde quiserem).
No fundo, a Cartola e a Bengala, fazem parte dos festejos da Queima das fitas e, tal como ela, representam a tristeza do adeus a Coimbra.
“Todas as cerimónias da Queima das Fitas, têm o seu quê de exéquias. São as fitas que se passam, acto simbólico em que está uma desistência – ávida despreocupada – o abandono de muita coisa: tudo o que Coimbra representa para a idade com que lá passamos – É o cortejo dos carros alegóricos, na verdade um adeus à cidade que nos acarinhou e que vem agora toda para a rua corresponder a esse adeus. É a cidade engalanada à beira dos passeios e pelas janelas lançando flores sobre os que, dentro em pouco, hão-de partir. São todos num gesto de quem agita lenços de despedida. Além daquelas, todas as cerimónias em que se desdobra a Queima das Fitas soam funebremente no nosso coração. O que se pretende é a euforia provocada pela exaltação. Estudante mais bêbedo é o estudante mais triste, é aquele a quem mais custa deixar Coimbra, aquele que acreditou que podia ser toda a vida rapaz e que só havia uma estação: a Primavera de Coimbra.”
António Rodrigues Lopes, “A sociedade tradicional Académica Coimbrã”
do Brandalius nos TTIS
Etiquetas: Cartola e Bengala, Georgius Brandalius, Praxe
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