<

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A PRAIA DE MIRA


(Hoje vou falar de saudade)
Há muitos meses atrás, ainda os amigos Celeste Maria e o Fernando Rafael acertavam as últimas agulhas do nosso Encontro de Gerações, um grupo de outros amigos do nosso bairro combinou um almoço num restaurante da Praia de Mira. De tão animado almoço apareceram no blogue várias fotografias, e pelos comentários posteriores apercebi-me que para muitos aquela praia tem gratas recordações.
Também eu tenho memórias, saudosas memórias da Praia de Mira, que hoje gostava de partilhar convosco, assim tenham paciência para me ouvir, e eu engenho e arte para verter numa folha de papel o caldeirão de emoções que neste momento me avassala a alma.
Falar da Praia de Mira é recordar-me de imediato da arte xávega, dos valentes pescadores que, em cavalgada heróica, venciam as enormes ondas, perante o olhar inquieto das famílias, até o barco se fazer ao largo, num mar agora mais brando e se afastar da costa em remada larga e compassada.
Falar da Praia de Mira é falar da chegada das redes, da correria dos bois nos últimos instantes para o pescado não fugir, do aglomerado de veraneantes em volta da rede, dos miúdos de gatas a apanhar este ou aquele exemplar que tinha fugido da malha.
Falar da Praia de Mira é falar do velho Maçarico com a sua proeminente barriga, a licitar os lotes de peixe, e as varinas de anca cheia com os cabazes à cabeça a subir a duna, em passada curta mas apressada.
Falar da Praia de Mira é falar da Barrinha, dos barcos moliceiros que em deslizar sereno sulcavam as águas, e da frondosa Mata, local de encontro de muitos veraneantes.
Mas para mim, falar da Praia de Mira é também falar dos Serviços Florestais, a minha profissão de uma vida, e dos amigos que zelavam pela Mata. Aqui fica a minha homenagem ao Mestre Páscoa, ao Clemente, ao Heitor, ao César, ao Bastos, ao Arrais, ao Miranda e a muitos outros a quem me ligam laços de fraterna amizade.
Falar da Praia de Mira é falar das matanças do porco para que era convidado. De todas relembro as do Casal de S. Tomé, a escassos sete quilómetros da praia.
Era sempre jantar. À casa, tinha-se acesso por um enorme portão de ferro, e no átrio havia uma pequena cozinha, onde uma mulher vestida de negro e grande porte, mexia a sopa com uma enorme colher de pau. Sorria ao ver-me, para depois com um olhar distante de novo se embrenhar nos seus pensamentos, a meditar certamente nas agruras da vida. Ás vinte horas em ponto, os convidados ocupavam a modesta sala de jantar, e entre eles relembro o Senhor Manuel, de idade avançada e que há muito tinha deixado as lides do mar. A ladina Alice que se esgotava entre a cozinha e a sala para ver se tudo estava em ordem. O Manelão, que gastou parte da vida mourejando pelo Brasil, de gargalhada forte e franca. O ourives, baixo e atarracado, que mordiscava um palito que lhe bailava ao canto da boca. O Abílio, alto e esguio, com um enorme pescoço, onde pontificava uma saliente “maçã de Adão” e que ganhava a vida nos bancos da Terra Nova, na faina do bacalhau.
Depois da sopa, vinha a terrina a ferver com os rojões. Falavam todos ao mesmo tempo, querendo fazer prevalecer os seus pontos de vista e serviam-se sem cerimónia. O jantar era animado e barulhento, até o Abílio começar a falar dos seus martírios na pesca do bacalhau. Falava-nos das terríveis tempestades que ameaçavam tragar o barco, das doze, treze e catorze horas de trabalho no convés, encharcado até aos ossos, pois nem as botas de borracha e as capas de oleado sustinham a fúria do mar. Falava das vagas que apanhavam o barco de frente, que empinava de proa virada ao céu com pedindo protecção Divina, para depois com estrondo descer ás profundezas de um mar cavado, numa espiral de remoinhos sinistros e mortais, como que a sugar a embarcação para o fundo do mar, como se o oceano se escoasse por um ralo.
E nós a ouvi-lo em religioso silêncio, e uma simpatia surda a subir dentro de mim por aquele herói anónimo de Portugal, para quem o pão nosso de cada dia tinha um sabor tão amargo….
No fim despedíamos com abraços e um “até para o ano” e cada um girava à sua vida.
Falar da Praia de Mira é falar da minha primeira paixão. Teria para aí os meus dezassete anos. Chama-se Clara e vivia na Vila de Mira. Conhecia-a numa sardinhada na Mata, junto a uma Casa de Guarda, e logo me impressionou a sua beleza, o fino acetinado da pele do seu alvo rosto, os seus olhos grandes e azuis da cor do mar, que de tão belos que eram, logo naufraguei neles.
Durante o almoço não tirei os olhos dela, e ela, em recato, não tirava os olhos do prato. Já quase no fim do repasto, levantou o rosto e quando eu esperava um olhar hostil a castigar o meu vil descaramento, tive como prémio um sorrido envergonhado e um olhar amistoso que fez o meu coração disparar a galope como um cavalo selvagem de crinas ao vento, com o ímpeto natural dos meus verdes anos.
Poucas vezes nos vimos. Nas "matanças" em casa do avô dela, ficavamos-nos a olhar contemplativos, olhos nos olhos, num desejo secreto de trocar um gesto de afecto que as circunstâncias não aconselhavam, pela gente que naquela noite conversava ao redor da lareira.
Um dia casou e partiu para França. Consta-me que a vida lhe correu de feição. Fiquei contente por saber.
Falar da Praia de Mira é falar do Bairro Norte, também conhecido pelo Bairro dos Pescadores. Ali passei dos melhores momentos da minha vida, com a minha mulher e os meus filhos. Alugavamos quase sempre a mesma casa junto á duna, no extremo norte.
De manhã, subindo um pequeno morro de areia, deleitava-me a ver a imensidão do mar, e à noite sentava-me na duna a ver o Sol, qual bola incandescente, a mergulhar lentamente no mar, deixando atrás de si um raio de luz de cor escarlate, que, em forma de leque, dominava todo céu.
Um dia, ao entardecer, eu e os meus filhos fomos para a duna tentar lançar um papagaio de papel que teimosamente não queria subir, até que os deuses da fortuna sopraram uma rajada de vento e o papagaio subiu ao céu para nossa alegria. Efémero contentamento. O papagaio enrolou-se nos fios da luz e provocou um apagão em todo o Bairro Norte. Descemos a duna de mansinho e fomos para casa como não fosse nada connosco. Dias felizes de uma família feliz.
Há tempos atrás, sentado nessa mesma duna, junto à casa da praia, com a densa espuma do mar a espraiar-se sobre o extenso areal, o cheiro intenso da maresia a invadir-me as narinas e o marulhar das ondas a morrer na praia, relembrei tudo o que vos acabei de contar…

Um mar de recordações. Um oceano de saudade.

Quito

Etiquetas: ,

16 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Obrigado Quito!!! Tu és a barrinha onde eu gosto de mergulhar e boiar a pensar nos tempos e tempos passados nessa praia...tempos de namoro com as francesas, de resgaste de pessoas no mar (tb dei para esse peditório) alteroso e até ao bloqueio que ainda hoje tenho ao cação, um petisco no alentejo e que eu secundarizava quando me lembrava dos pescadores devolverem ao mar os pequenos cações apresados nas redes...ora eu deduzia que, se os pescadores os devolviam ao mar, era porque era um peixe de segunda ordem; portanto, quando cheguei a évora, sempre me recusei a comê-lo em sopa ou de coentrada....nem sei se é bom ou não...a romicas que o diga, mas eu vejo sempre o areal da praia de mira, as redes recolhidas e os cações devolvidos ao mar...os olhos também comem e é por isso que não aprecio o arroz de tamboril...só de me lembrar a imagem do peixe nas bancas das peixarias....tal e qual as favas que o avô militar me obrigou a comer e que nunca mais voltaram a passar cá pelo estreito....mas hoje comi um bom polvo assado na brasa, bem diferente daquele ressequido vendido na feira de s joão em évora e assado, eu diria queimado, à vista em fogareiros de brasas....parecem mais solas que um suculento polvo com as suas ventosas...

8:14 da tarde  
Blogger carlos costa freire disse...

Quito
Tive muita pena de não ir ao almoço da praia de Mira. Os meus pais punham a tal caravana (onde eu estudava com o Alfredo),na Pascoa no parque de campismo municipal e retiravam em Novembro por alturas do verão de S.Martinho.

Quando foi o almoço estava no Algarve a passar 5 dias e foi pena.

O Quito já disse tudo relativamente á vida ás pessoas de então que eu conhecia perfeitamente
só que como estava no campismo a familia Freire foi das primeiras familias a ir para o espaço em frente á barrinha.

A Ana já me chamou 5 vezes para o taxo depois vou esvrever mais um bocado da minha querida praia de Mira
Até Logo
Carlos

8:37 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Lindíssimo Quito. Que verdadeiro oceano de recordações...
Li-te , saboreando todos os momentos, vendo desfilar diante de mim todas essas personagens que fui colocando aqui e ali nos locais da praia, que tão bem conheci.
Relembro com o mesmo amor, o balbuciar das gentes e a sua azáfama trazendo as redes para terra. Os bois as mulheres e as crianças, ajudando os valorosos pescadores que da faina voltavam.
O saltitar do peixe côr de prata.
Maravilhoso texto, que a tão lindo quadro nos faz voltar.
Beijos sinceros

9:25 da tarde  
Blogger Jottta Leitte disse...

Meu caro amigo Quito!
Muito obrigado!

Es realmente um grande escritor!

E por falar em Mira...

« Portugal não parece o mesmo. Em meia dúzia de anos perdeu o carácter. Quem familiarmente lhe conhecia as feições que o singularizavam, fica espantado quando agora o percorre. Tudo mudou. As casas, as ruas, os trajes, os hábitos. Da praia de Mira que trazia na memória, e onde, num cenário mágico e a comungar com almas que o mereciam, vivi algumas das horas mais autênticas da minha vida de poeta, restam o mar, sempre revolto, e a capela, de madeira ainda, como os castiços palheiros de antanho. E é neles que consolo os olhos desiludidos. O velho oceano, na sua imutável e fascinante inquietação, e o templozinho de tábuas, nas sua incorrupta e amorável rusticidade, dão não sei que razão calada ao meu espírito desencantado dum progresso que não sabe melhorar sem desfigurar. »

Miguel Torga, Diário, vol. XV.

---

Ao ler-te ate esqueço o "alarme" actual...e a "mancha vermelha" esta a alastrar assustadoramente. Pandemia mundial?
Por enquanto... "o mar esta calmo"!!!
Grande abraço meu amigo.
De NYC
Jose Leitao

11:35 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Carlos
Conheci de bem perto a tua caravana...ainda lá passei uns dias com o fernando e mais não sei quem, alimentados por um arroz de polvo que a minha Mãe fez, já que nós, cozinhar....lembro-me de uns peixinhos da horta que quisemos fazer, mas não cozemos o feijão verde; foi só envolvê-lo no pome e fritar....claro que chupuvámos o polme e deitávamos fora o feijão verde....Uma outra característica nossa era a de ir lavar a louça ao mesmo tempo do que o resto do pessoal acampado; só que eles já tinham almoçado e nós ainda íamos começar....Bons tempos em que passávamos os dias de fato de banho, e que eu entrava em casa a falar francês....bem que me serviu, anos mais tarde na Renault....e que injustiças pratiquei para com a Mela Curado que foi passar férias connosco e eu quase não lhe liguei...estraguei logo aí o nosso futuro....

1:15 da manhã  
Blogger DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Gostei muito de ler este teu texto!
Também pasei muitos anos na praia de Mira no campismo, pois o meu sogro adorava ir para lá e almoçar no Maçarico.
Aliás nos primeiros anos ficavam mesmo na pensão do Maçarico de quem eram muito amigos.
Eram célebres as caldeiradas de peixe que lá se comiam!
Era uma tenda grande que albergava seis "campistas" entre graúdos e mais pequeninos...
Sinceramente gostava do campismo...mas chegar com a tenda já montada!Havia para mim um senão...as casas de banho!
Mas enfim o balanço acabava por ser positivo e os meus filhos gostavam imenso de lá estar!
Mas a Celeste deve ser melhor contista destes tempos da praia de Mira!

1:56 da manhã  
Blogger carlos costa freire disse...

Quito,Mário,Rafael
Vou então escrever mais algumas facetas da praia de Mira.
Para o Rafael quando começamos a ir para o campismo as casas de banho não havia, eram ao pé da casa do Guarda velho amigo Sr.Heitor ou seja quem se deve lembrar era de malucos ir para tão longe para fazer a sua higiene.Então o eng Aires,Dr.Lapa de Aveiro(fab Aleluia).Sr.Dante Mamede de Mortágua,Dr.Feitor(cirug dos Huc,Sr.Mota de Aveiro(Oculista)estamos a falar há 50 anos foram pedir se lhes deixavam construir uns sanitários e uns Tanques para lavar a roupa aos serviços florestais de Mira(penso que o pai do Quito sr.Agostinho trabalhava lá mas em Coimbra)
Foi autorizado, o meu pai fez o projecto deu algum material o Dr.Lapa deu azulejos e todos colaboraram ajudaram para que os prim sanitários dentro do parque fossem uma realidade,àgua fria o dinh não dava para mais,lembras-te Rafael.
Para o Mário
O Fernado claro tem muitas para contar calculo se a caravana falasse, Pas de questions..........
Mas há situções que não esquecem pois a barrinha de um lado e a praia de outro era um previlégio.
Na barrinha cheguei a tomar banho ás tantas da manhã ao pé da prancha agora com quem? foram tantas vezes que já não me lembro.A Água era quente claro como estava frio cá fora dentro de água era uma maravilha falava-se
bem francês.
Os nossos pais só nos diziam portem-se,e o pai, não deixem mal os FREIRES e não deixamos........
Para o Quito
Como eramos os meninos toda a gente naquela terra nos conhecia entre muitas o Mário Morato, eu o Fernando e mais alguem que não me recordo estava-se a realizar um casamento no Mira Sol e então fomos perguntar ao pai da noiva se queria um afférriá para os noivos.Aqui vai disto, uns afférriás pelo meio,Meus caros foi comer á farta o pai do noivo não nos deixou sair.
Sobre a praia iamos para a praia do campismo onde como todos se lembram havia muitas dunas e bem altas,aí o Mário pode falar melhor que eu,gostava muito de apreciar aquela vegetação...........

Bem tenho que ir á vida vou até Mogadouro.Estórias da nossa praia de mira fica para o próximo encontro porque nunca mais acabava.

São estas recordações que nos UNEM
Tó Ferrrão isto já é campanha para a continuação da nossa amizade.

Obr mais uma vez ao Quito pelo artigo,bej á São
Carlos

7:32 da manhã  
Blogger carlos costa freire disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

7:35 da manhã  
Blogger Manuela Dias disse...

Quito:
Praia,saudade... abismos azuis...e a tua voz,de palavra em palavra onde os amigos se encontram e um belo texto que tu nos revelas,enquanto escutamos um barco que regressa e olhamos o mar imenso...como a tua alma.
Nela Dias

4:15 da tarde  
Blogger Ernesto Costa disse...

Quito,

Bela prosa. Sentida.

Todos nós, do Bairro, temos um pouco de Mira dentro de nós. Foi vivida num tempo de inocência, de irreverência, de crença no futuro, de amores e desamores. De Mira ficam-me as baladas contestatárias tocadas e cantadas na Barrinha, uns bailes junto ao mar com fogueira acesa, as minhas primeiras férias sozinho e que duraram apenas uma noite, as maluqueiras no parque de campismo, ...

Jó-Jó

7:52 da tarde  
Blogger celeste maria disse...

Quito
Afinal não te ouvi!?
Apenas li uma deliciosa descrição,entremeada de romantismo,das nossas memórias da Praia de Mira.

O primeiro parágrafo trouxe-me à lembrança o dia em que conheci muitos dos actuais amigos,
Outro tempo para recordar!

9:59 da tarde  
Blogger Carlos Falcão disse...

Quito,
Um texto magnifico, servido por uma memoria privilegiada, onde se descortina com fascinação as vivências daquelas tuas férias.

Uma viagem interessantíssima!

Como, recordar é viver... revisitei a Praia de Mira, palco como sabes, de tantas aventuras da nossa Malta.

Encore bravo e todo o incentivo para prosseguires com os teus textos.

Aproveito para relembrar que tanto gostaria, que o GIM, grande figura da historia do Mirasol, nos previlegia-se com os seus ricos testemunhos daquela época...

Cordialemente

6:48 da tarde  
Blogger Lekas Soares disse...

Também eu tenho saudades das férias na Praia de Mira.
Em Setembro, há já 58 anos, meus pais, por insistência do meu tio Orlando que é mais velho do que eu 6 anos e queria ir acampar com a MP, resolveram então ir acampar. Para quem conheceu meus Pais não os imaginam de todo a acampar mas assim foi. Foi girissimo, porque cada dia havia um cozinheiro diferente.
Então o meu tio resolveu fazer arroz de mexilhão. E lá fomos de tarde para a barrinha apanhar o dito.
Fora um joelho com um grande golpe tudo correu muito bem. Á noite, todos vaidosos do nosso maravilhoso jantar, nem podiamos caber de contentes com tamanha ousadia. Mas foi uma verdadeira desgraça pois o arroz tinha mais areia do que mexilhão, mas ainda até hoje não consegui comer um arroz tão apetitoso como esse.
Mas como os meus Pais eram fantásticos levaram-me a ver uma coisa maravilhosa que eu mostrei aos meus filhos e já os meus netos viram também. Nos nossos passeios nocturnos pela beira-mar eu pude ver luzinhas a saltar aos meus pés como se de estrelinhas se tratasse.É apenas o fósforo que a água marinha tem e que também aprendi em muito pequena a ver, às escuras, nas pescadas que comia, mas que nos maravilha.
Ainda no ano passsado fui mostrar a um amiguinho da minha neta Mariana (com 15 anos) que pensva que era uma estória inventada por ela.
Hoje já não é possivel ver na praia da Mira porque tem luz demasiada. Mas perto de Mira há uma pria que não me recordo o nome onde ainda se vê muito bem. Poço de qualquer coisa... amanhã já saberei porque vou perguntar ao meu filho Filipe.
Que tal irem em Agosto e aproveiram para ver também a chuva de estrelas costumeira?
Um beijo Quito pela lembrança

1:15 da manhã  
Anonymous miguel disse...

Numa pesquisa no google vim parar a este artigo por mero acaso. Não pude deixar de ler o dito sem largar alguma emoção. Embora bem mais novo, tenho ja óptimas recordações da Praia de Mira nas duas décadas que vou para lá passar Férias anualmente.
Andava ao colo e já ia a Praia de Mira com os meus pais. Hoje faço questão de não trocar essa Praia por outra...

Viva a Praia de Mira !

Abraço

8:52 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Cheguei aqui atrás do Dante Mamede que foi meu compnaheiro de luta lá pelos anos 60. Preciso do seu contacto. Quem faz o favor de me dizer como posso contactálo?
Obrigado.
jaime.gralheiro@ciberjus.net

3:16 da tarde  
Blogger Milheirão disse...

Fascinante, o seu texto, caro senhor. Parabéns pela boa memória que tem da Praia de Mira. Sou um filho desta terra e sinto sempre um prazer imenso quando alguém escreve sobre ela nos termos em que o senhor o faz. Obrigado

5:48 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Powered by Blogger

-->

Referer.org