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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RECORDAR


FOZ DO LISANDRO

Desde que andei na tropa em Mafra que não ia à Foz do Lisandro. Fui lá no domingo de manhã, aproveitando o sol que espreitou por entre as nuvens. Está linda a praia...Enchi a mão com um punhado de areia branca, finíssima e deixei-a escorrer por entre os dedos, lentamente...Fixei os olhos nas ondas à minha frente, absorvi o cheiro a maresia, deixei que o vento me revolteasse o cabelo...

O que via e o que sentia levava-me o pensamento para muitos, muitos anos atrás...

Foi naquela areia que numa noite quente de Agosto, deambulei de mãos entrelaçadas com a Anne Marie, francesa de Lille, que passava férias na Ericeira com uma amiga.Tínhamos estado, como em noites anteriores, na discoteca Ouriço que ainda hoje existe, mas decidimos, a certa altura, sair e passear pela praia.O relógio lembrava-me a obrigação de me apresentar no quartel de Mafra, a uns 15 Kms, antes de bater a uma hora da manhã. O tempo era pouco, e muito o desejo de ficarmos juntos...

A vida nunca foi fácil... Nesse longínquo Agosto, porque o tempo me condicionava a vontade. Neste domingo, com tempo de sobra, porque faltava a Anne Marie...


Rui Felício

30-12-2008

Etiquetas:

41 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Também passei por lá, quer no tempos de Mafra, quer mais tarde, de férias na Ericeira, onde o mar é mais azul....mas, para mim,praia, praia é a de Mira!!!!!

12:29 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Mário,

Se vires hoje a Foz do Lisandro nem vais reconhecê-la.

Em Setembro passado foi alvo de grandes obras de arranjos dos terrenos circundantes, as barrcas de comes e bebes foram substituidas por cafés, esplanadas e restaurantes com qualidade...

Irreconhecivel!

No nosso País fazem-se obras bem feitas também. Aliás a Câmara de Mafra tem tido uma gestão de louvar com o actual Presidente.

12:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

E eu conhecendo tão bem a Ericeira e a sua linda praia em frente ao Hotel Vila Galé, nunca tinha ouvido falar na do Lisandro/Anne Marie!
Tudo que é praia e ainda com esplanadas, adoro.
Beijos. Juju.

12:41 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Felício
Acabaste de dar razão ao Principezinho quando dizia que a perfeição não existe.

Não se pode ter tudo. Ficas com a praia que por sinal é bem bonita. E depois para que serve a imaginação? A tua até é muito fértil como tens demonstrado...

12:52 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Até me dói a cabeça de tanto imaginar, Titá... Mas tudo tem limites...

12:55 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Rui
Não conheço a Foz do Lisandro, pelo que não posso comentar.
Quanto à obrigatoriedade de te apresentares no Quartel já fico mais perplexo... se calhar uma "dispensa de recolher" tinha resolvido o assunto...

1:46 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Penso que este texto, assim como o meu, seja ficção. Não ías deixar os teus amigos em "sufôco", em vésperas do Novo Ano...

Para todos, um desejo vou pedir nas badaladas da meia-noite.Já prometera e não vou esquecer.

Vossa, Manuela Curado

2:24 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

A Foz do Lisandro era a praia da minha eleição. Ali me deslocava quase semanalmente.
Sentada no barzinho singelo, mesmo junto à praia, passava horas a fio observando a brancura da areia, fina como nunca vira...E o mar, pertinho, era sinfonia melodiosa...
Regressava a casa retemperada e apta para mais uma arrancada citadina.
O tempo foi passando... as obrigações me consumiram... mas hei-de voltar..
Não sei se vou gostar, gostava dela, assim...quase só para mim.

2:45 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Talvez lá vá este ano...só recordo aquela rua comprida, paralela ao rio...Na ericeira, o velho hotel de turismo, de telhado verde deu origem ao Vila Galé, depois de ser "armazém" de retornados; a pria é a praia do sul; tenho uma amiga com uma casa enfrente, perto das bombas d galp que é um espanto de vista; quando as obras são para requalificar e esta requalificação ´bem feita, tudo bem...até se dá trabalho ao Vasco Ágoas....
Quito
Até a dispensa de reclher tem liomites, tal qual a imiginação....é nós éramos meros cadetes; se bem me lembro a porta de armas fecahva à meia noite....

2:49 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Cada vez que escrevo tenho que explicar à Nela Curado que não é ficção.

Quando o for eu digo, ok?

3:04 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

POis é Quito. O Mário tem razão.

Na altura eu era um reles cadete do 2º ciclo. Tinha permissão para entrar até à uma da manhã.
Dispensas de recolher era coisa que só excepcionalmente e com grandes cunhas se conseguia.
De qualquer modo, ali na praia á noite, situação não prevista, sem telemóvel que os não havia nesse tempo, mesmo que quisesse não tinha meios de obter dispensa a posteriori...

3:07 da tarde  
Blogger vítor costa disse...

Pois eu da foz do Lisandro tenho a recordação de ter lá chegado, após 20 km a pé desde Mafra, todo equipado, com espingarda e tudo.Bem estafadinho, como todos os outros, e só com o pequeno almoço tomado às 7 horas da manhã. Tive de aguentar uma hora de ginástica na praia, uma hora de ordem unida, com leitura do regulamento militar ( no meio ía desmaiando de fraqueza, eu e outros)e só depois é que veio o almoço e 1/2 hora de descanço. Regresso a pé, pois claro.
Francesas nem vê-las, e se as visse...onde estavam as forças?

5:07 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Tive a oportunidade de estar na Foz do Lizandro,há pouco tempo.

Como é tão actual para mim, tudo o que tansmites a nível de emoções,beleza...


Olinda

5:17 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Óh Rui: E subir o Lisandro a pé, de galochas calçadas "armado" em pescador?
Quer dizer...O meu padrinho pescava e eu batia palmas.
Mas, francesas, ali nunca pesquei.
Na Ericeira era melhor, digo eu.

5:18 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Pronto... então lá vão os amigos ficar em "sufôco"...Dei-te uma "chance" para te safares...
És egoista.

Ano Novo é para rir e pular e de muita esperança no futuro.
Se pensarmos com "muita força"e tivermos algum empenho, tudo será mais fácil.
Não nos estragues o fim de Ano.

5:19 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Estás a ver, Vitor, o que uns amam outros odeiam!... A vida é mesmo assim...

5:22 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Não estou sufocado Nela...
Longe disso... Fiquei pensativo, como sempre fico quando passo num qualquer sitio que me acarrete recordações..

O que não é forçosamente sufocante.. Pelo contrário

5:25 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Mas tu hoje não percebes nada ...
"Sufôco", sentido figurado de angustia, certo?.
Quem fica angustiado pela tua tristeza, são os teus amigos e depois já não passam o fim de ano tão felizes, porque amigo, é assim...
E agora, percebeste?

5:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Rui
Tens razão. A dispensa de recolher era até á uma da matina...eu só não tive a sorte de poder passear de mão dada com uma boa companhia pela praia como tu...desígnios divinos...a uns Deus juntou a lenha e a outros encarregou-se de espalhá-la...
Um abraço

5:52 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Vitor
Quantas marchas "forçadas" de Mafra-Paz-Sobreiro -Erceira e volta, ou por Mafra-Gradil-Malveira Vila Franca do Rosário...fosse dia ou fosse noite...eu preferia à noite, pois sempre apanhávamos as padarias a cozer o pão e iamos reabestecendo...a manteiga já gente a levava e por vezes uma pitada de açúcar amarelo, naquele pão saloio e acabadinho de sair do forno...melhor que lagosta...
RI-RI
As francesas não se pescam...comem-se; umas de faca e garfo, outras de garfo e faca
RUI E NELA
Quando acabarem o ping-pong, digam, para a malta bater palmas...
Já agora, sufoco acho que não leva assento, ahahahahaha
O Rui tira-te do sério....

6:29 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Meu querido Mário,

Assento nunca poderia levar, por que sufoco não se senta...

Sente-se ou não se sente...

Mas tens razão, sufoco não leva acento...

6:36 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

MPA
Não resisto a comentar a esse "acontecimento" que era entrar nas padarias para comer pão com manteiga. Em Tavira era o mesmo,nas tais "marchas forçadas"-nunca a palavra "forçadas" foi tão apropriada - também invadiamos o estabelecimento às 5 da manhã para comermos...o pão que o diabo amassou...pois a violência dos exercicios nocturnos deixava-nos exaustos...e aquela pão era como que uma "benção" para nós...

6:39 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Está bem. Eu ando a escrever mal e portanto vou desistir.
Sufocar(lat.suffocare) como diria o Rui, existe.
Presente do indi.na primeira pessoa; eu sufoco.
"Sufôco", penso ser gíria ou não?
Digam-me, mentes brilhantes...

6:58 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Está bem. Eu ando a escrever mal e portanto vou desistir.
Sufocar(lat.suffocare) como diria o Rui, existe.
Presente do indi.na primeira pessoa; eu sufoco.
"Sufôco", penso ser gíria ou não?
Digam-me, mentes brilhantes...

7:06 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

sufoco


s. m.,
acto ou efeito de sufocar ou sufocar-se;
asfixia, dificuldade em respirar;

sufôco não existe Nelinha...

7:18 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Amiga Nela Curado
Sou um pouco mais novo e sei que não faço parte, naturalmente, da sua roda mais próxima de amigos...porém quero dizer-lhe cá da Beira Baixa que muito aprecio o que escreve, pela amizade que pressinto em si pelos seus amigos e pela sua sensibilidade. "Pontapés" na gramática damos quase todos, eu, então em assentos, Deus me acuda...e com erros, que repito,todos vamos dando, ou sem erros, é irrelevante...o blog não é nenhuma escola primária, com professoras e professores de óculos graduados e régua na mão a aterrorizar as criancinhas.
Havia um carvoeiro em Coimbra que escreveu na carroça VENDESSE CARVÃO e todos lhe compravam a mercadoria, pois todos percebiam que essa era sua função, apesar do enorme "pontapé" na gramática. Cá fico à espera de mais textos seus, e eu hoje mandei um com o título "Um passeio no Bairro" .
Um abraço Amigo (Abraço é com cedilha se não ficava abraco)

7:25 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Acento é com "c" e não com dois "S"
GRANDE PONTAPÉ NA GRAMÁTICA.
Vou repetir 50 vezes...como fazia na escola Primária...

7:32 da tarde  
Blogger Manuela Curado disse...

Que não existe sabia eu...
Mas quando estou num "aperto", digo; Estou num "sufôco"!...
Tenho dito.

7:55 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Quito,

Se reparares é a primeira vez que aqui assinalo erros de ortografia. Só o fiz por ser com a Nela e com o Mário. Velhos e intimos amigos de sempre com quem quiz brincar...

De resto, embora alguns me arrepiem, fecho os olhos e não comento. Nisso estou de acordo contigo. Não sou Mestre Escola e o blog não é o local adequado para essas coisas.

8:14 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Ponto final no jogo de ping-pong...tb já o disse à mana Nela por mail....
Que pena o famelda não ter computador (ou sorte a dele)
ele que é editor e revisor gráfico, os textos iam para ele, revia-os e só depois eram publicados, ou pensam que só nós é que damos erros, muitos deles só de entusiasmo ao escrever....

8:26 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"enfrente"? ai jesus!

11:29 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

E eles a darem-lhe...
Hádes cá vir, hádes...

1:02 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

De sufoco, percebo eu....tive um em Julho que me atirou para o hospital com uma paragem cardíaca....por isso não tem assento; quando muito maca e ambulância, VMER, etc etc e assim se vai acabando a minha validade....

10:22 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Rui

Eu percebi. O meu comentário era jocoso e entendo a boa amizade que vos une a todos.

10:29 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Estou com falta de ar
Apertado num sufoco
Vejo a bola passar
Quase estou a ficar louco
Será que o Ping e o Pong
Não vai acabar?

Abraço-vos
Abílio

7:13 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Sim, de facto "enfrente" é mais BOLOS...
Juju.

6:18 da manhã  
Blogger Manuel Cruz disse...

A nossa realidade de "cadetes" dos anos 60, era um pouco mais avançada. Entoavamos «do Lizandro para o Falcão, do Falcão para o Lizandro» e o resto não digo porque é impublicável.
Na foz do Lizandro, em 1969, morreu o Estácio, filho do dono da fármácia de Montemor-o-Velho, vítima de um erro na colocação de petardos no "redil" que era a peça principal das aulas de acção psicológica. Para se chegar lá era preciso atravessar uma série de tábuas flutuantes no rio Lizandro a uma velocidade estonteante, sob pena de se mergulhar...
Continuei a ir à foz do "Lisandro" e, depois disso era um pequeno paraíso. Só há cerca de dois anos que lá não vou porque a Ericeira está a tornar-se desinteressante e o Ministro que é o primeiro responsável local esqueceu que para imitar Sesimbra terá de vorar a costa a sul.
Já agora recomendo a todos os que tenham memória do era Mafra nos anos 60, a da tropa dura, que procurem as edições Sílabo onde um capitão dessa época, o DAVID MARTELO, vai publicando o melhor que há sobre o que foi a resistência do povo em armas.
Manuel Cruz
Leiria

5:21 da tarde  
Blogger Rui Felicio disse...

Como diz a sabedoria popular:

É por isso que o mundo se não tomba...

.............

Eu acho que o Presidente de Mafra tem feito um excelente trabalho. E digo-o livremente sem qualquer constrangimento partidário.

Também não entendo o que quiz dozer o Manuel Cruz com a frase:

A nossa realidade de "cadetes" dos anos 60, era um pouco mais avançada.

Eu fui "cadete" nos anos 60.
A realidade do Cruz era mais avançada em quê?

Rui Felicio

5:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Se o Cruz por la andou em 69, aquilo já era uma brincadeira.Já ninguem dava credito aquela fandangagem de Mafra. Os cadetes já eram de pacotilha,tudo à mistura.
Era a malta do pos-greves das Faculdades, que foram encaixotados à força para Mafra mais a futricagem dos institutos e das escolas agricolas.
Ja tudo era cadete.Já não eram dadas recrutas a serio como dantes.
A serio era dada nos Comandos,nos Rangers, nos Fusos e nos Paras.

12:07 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

O Romantismo que o Rui imprimiu, a este post, com esta praia do Lizandro, para mim desconhecida, foi-se por água abaixo com tanta história de cabos e milicianos! Que pena! Tirar-me toda aquela... aquela vontadinha tão especial de conhecer a dita!
Falem de tropa na guerra, agora em locais do continente e tão lindos...Que prosaicismo!
Juju.

2:03 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

E a "pikena" continua a dizer baboseiras, ou asneiras como queiram!
Irra!!!
A Mariazinha tem toda a razão!

Irra!!!

2:38 da tarde  

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