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sábado, 31 de maio de 2008

OS PROTÕES, DO BAIRRO

No fim dos anos 60
O Cavalo Selvagem foi pikar o Blog do Gim e sacou material de gente conhecida.
O Jorge Carvalho ( Jó) com os seus Protões. Nóbrega Pontes (de camisa branca e viola), Couceiro (de óculos), ZéZé Eliseu (Borboleta) (com as baquetes) e o Nando (Fernando Dias), com a viola-baixo.

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HOMENAGEM A CARLOS ALHINHO


Carlos Alhinho com o único Emblema que importa, na época 1970-1971

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FALECEU CARLOS ALHINHO



Faleceu o antigo jogador da Academica
Carlos Alhinho

Carlos Alhinho, antigo jogador da Academica e depois do Benfica, Sporting e FC Porto, morreu hoje em Benguela, Angola, vítima de uma queda acidental num fosso de elevador do Hotel M'ombaka, no sexto piso, alegadamente por ter confiado na informação do mostrador do ascensor, que indicava que se encontraria ali.
Alhinho nasceu em São Vicente, Cabo Verde, a 10 de Janeiro de 1949, tendo-se estreado como internacional A de Portugal em 1973 (28 de Março), frente à Irlanda do Norte, pela mão de José Augusto. Foi internacional português 15 vezes.
O Alhinho chegou a viver no Bairro e casou com a Gracita que morava na Mouzinho de Albuquerque em frente da mercearia do Ti Manel.

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MAS QUE SACRIPANTA ESTE GIM

Depois de o ter aturado toda a tarde, tenho agora que mamar
com este " post" do Gim.O Alvaro e o Gim no Pavilhão da Urbanização da Portela
Realmente o encontro da AMPortela com a Academica teve a particularidade de nos juntar nesta tarde de sabado aqui na Portela.
O Luis é mesmo ACADEMICO ferrenho. Nunca pensei.
Por mim tive que me desdobrar entre o fair play de aplaudir todas as jogadas das duas equipas, como de elogiar os golos obtidos.
A Academica foi mais feliz e marcou o que tinha que marcar. A Portela marcou dois golos e mandou umas ao barrote.
Atendendo a uma coisa que expliquei ao Gim, a Portela não deveria ganhar o jogo. Para mim era um problema se ganhasse o jogo..... qual Reinaldo Teles.
Por isso fazia as substituições tipo futebol americano. De 5 em 5 minutos, metia 5 jogadores novos de cada vez. O mister Pimpão da AMPortela até sabia o que estava a fazer.
Para o ano há mais. O engraçado é que quer a Portela quer a Academica querem subir de Divisão.
Lá nos encontaremos.
Mas voltando ao Gim...fartamo-nos de falar e recordar
E será que este pessoal já na ordem dos 60 anos não tem juizo? Agora penso que o Almoço de 18 de Outubro sem gaiteiros não é festa. Já viram o que será fazer uma alvorada pelas Ruas do Bairro com duas trupes de gaiteiros?
Quem vir aquilo, dirá: - quem serão estas mumias que andam para aqui a fazer barulho?
Se quiserem, com foguetes ainda cheirará mais a festa.
Como havia varias Bandas no Bairro , ainda deverão por lá haver instrumentos meio enferrujados. O Felicio já se dispôs a levar o bandolim e o Gim a levar o fio de nylon para tocar batentes de portas.
Eu como não tinha instrumentos, já me prontifiquei a levar um pipo de vinho morangueiro, que no fim servirá de bombo.
Na ultima foto: O Gim a ler o Noticias da Portela em frente da Sede da AMPortela

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EMBRULHA, VELHO APACHE!

A nossa Briosa foi hoje à Portela massacrar a AMPortela em futsal
A nossa Briosa foi à Portela (Sacavém) massacrar a AMPortela em futsal (eufemismo para futebol de 5), vencendo brilhantemente por 2-5, em jogo a contar para o Campeonato Nacional da II Divisão B.
Na imagem, um dos 5 golos da Académica! (se bem repararem, são 4 da Portela - quase toda a equipa - contra 2 da Briosa e mesmo assim não chegaram!).
Como sou peste, só forneço a imagem, deixando ao Presidente da Portela, eng. Ferreira dos Santos, os judiciosos comentários à peleja.
Só gostaria de acrescentar um pormenor: o eng. Ferreira dos Santos é uma "autêntica Rainha de Inglaterra da Portela".
O Velho Apache conhece toda a gente e toda a gente o conhece. Era só acenar à multidão!
Isso não o impediu porém de sair cabisbaixo do Pavilhão. Ah! Ah! Ah! mas saiu amparado e consolado por mim.
Viva a Briosa!!!
Gim

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PADRE ANÍBAL

No meio de uma conversa informal, o Tó Ferrão lá contou esta , de como chumbou por faltas
Além do Padre Anibal e do sacristão marreco, ainda tive que levar com a minha catequista Cesaltina, irmã da Mariana, da Susana e do grande Zé Baptista "reputado" (e careiro) industrial de pneus do nosso Bairro.
Chumbei por faltas na catequese, porque no mesmo horário jogava a Académica em Juniores ou Juvenis.
Ainda hoje me soa nos ouvidos o Padre Anibal no fim da missa a encaminhar as diversas classes da catequese, para os locais do ensinamento da doutrina de Deus (digo eu):
Os meninos da 1ª comunhão acompanham a nossa catequista Estrela para a cave da nossa igreja"!
Cave para mim, era logo para cavar dali o mais depressa possível.
Ai ai que saudades!
Saudações académicas

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

CROMOS DO D. JOÃO III - FÍGARO

Série cromos do D. João III
Histórias do Bairro
29-05-2008

O FIGARO

Não faço a mínima ideia da razão de ser da alcunha. Ao contrário do que possa parecer o homem não tinha nada a ver com ópera. Foi meu professor de Ciências Naturais no 2º ciclo do liceu.
Eu por natureza já detestava aquelas coisas da dissecação das rãs e dos sapos, de guardar florzinhas espalmadas dentro dos livros, arrepiava-me um esqueleto humano que ele gostava de ter ao lado da secretária, como se fosse seu guarda costas, enfim aquelas aulas eram para mim um suplício.
Mas com o feitio do Figaro a agravar a minha falta de predisposição, acho que fiquei vacinado para o resto da vida.
O Figaro era mau... Digo-o sem rebuço porque notava-se um prazer imenso no seu facies quando pespegava com uma negativa a qualquer um de nós, em especial àqueles que eram tidos como bons alunos nas restantes disciplinas.
Mas, como tantos outros, tinha as suas fraquezas, que nós, atentos, explorávamos sempre que possível.
Aquela peste ( não tem nada a ver com o GIM que era uma peste boa ), era adepto ferrenho do Lusitano de Évora que andou vários anos pela 1ª Divisão do futebol, mas sempre na corda bamba para não descer.
Ou seja, o Lusitano do Vital, do Patalino, do Fialho e do Ze Pedro, raramente ganhava jogos. Empatava muitos e perdia muitos mais, o que quer dizer que o Figaro andava por norma mal disposto por causa dos desgostos que o clube lhe dava.
Mas quando o Lusitano ganhava, o que, como disse, era raríssimo, podíamos aproveitar na 2ª feira seguinte ao jogo para melhorar a nota, porque o Figaro aí abria-se todo.
Num dos exercícios ( teste como agora se diz ) para apuramento da nota do período ( só fazia um exercício por período, com cinco perguntas! ), o Gil, que foi meu colega de turma no 4º ano, estava ser incomodado por uma mosca que não parava de circular em volta da sua cabeça, desconcentrando-o.
Por isso, pediu ao Figaro, que estava sempre atentíssimo aos copianços, autorização para abrir a janela e enxotar a mosca.
O Figaro não autorizou, desconfiado como sempre, e disse-lhe:
-
Oh rapaz, deixa lá a avezinha em paz!
Era aquele gajo professor de ciências naturais...
Rui Felício

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OUTRO F-R-A PRÓ QUÁ-QUÁ

Ainda não há muito tempo chorei que nem uma Madalena ao telefone com o Rui quando a SIC fez uma evocação de Adriano Correia de Oliveira.
À conta do Rui, parti uma vez a cabeça ao meu irmão com uma valente pedrada no toitiço!
Gim

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ROCK IN RIO

Agora tenham paciência..vou ver o Rock in Rio

Os meus filhos não me largavam se não fosse com eles.

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POEMA AO BAIRRO


Cedido pelo Rafael

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UMA FOTO DA FAMÍLIA... QUARESMA

Á porta de casa do Tómane Quaresma
Á porta de casa do Tómane Quaresma . O Tómane é o 1º da esquerda da fila de cima, e o irmão o Fernando é o primeiro da fila de baixo a contar da esquerda.
A menina da fotografia é a prima ( Teresa Lousada ) que morava na Rua Gil Eanes nº 21.
A Teresa Lousada espera assim com o seu contributo ter enriquecido este blog.
Continuará a ser uma visitante assídua para acompanhar as novidades. Parabens.
Foto cedida pela Teresinha Lousada

Nota: Para os "fabricantes" do Blog e para os seus " postadores" é gratificante receber missivas destas que são verdadeiros incentivos para continuar. Por fim...., parabens às meninas...que já perderam a vergonha....eheheheh e aparecem.

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OS MOCASSINS DO ARNALDO

OS MOCASSINS DO ARNALDO MENDONÇA
Histórias do Bairro
30-05-2008

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mocassim
é um tipo de calçado, mais precisamente um tipo de sapato criado pelos índios norte-americanos. Eram feitos com casca de árvore e eram sem saltos. A sola do sapato subia pelos lados e pela ponta dos pés, e juntava-se com uma peça em couro em forma de "U".
Existem modelos para homens em que esse tipo de sapato se apresenta com formas modernas e saltos com várias alturas e formatos.

Em meados da década de sessenta, surgiu, com algum atraso como era e ainda é costume em Portugal, a moda dos sapatos moucassins.
A malta mais abonada aderiu de imediato, de maneira que começaram a aparecer calçados com o novel modelo de sapato.
A pouco e pouco, com algum sacrifício dos pais, também os menos abonados os foram adquirindo até que, praticamente toda a malta já andava orgulhosamente calçada a preceito.
Práticamente...
Porque alguns havia ainda que os não tinham. Era o caso do Arnaldo Mendonça, que continuava a caminhar com botas de pneu, porque o pai não deve ter acedido aos seus pedidos para comprar uns.
Mas um dia, o Arnaldo aparece no incontornável Café do Silva e ostensivamente andou e cirandou até que o resto da malta finalmente desse pelos seus moucassins novos e fizesse os esperados comentários.
E, claro, as mais dispares observações começaram a chover da parte da malta que, como era hábito, enchia a esplanada do café.
O Arnaldo, satisfeito e orgulhoso, finalmente alapou-se numa das cadeiras vagas, puxou de um cigarro, acendeu-o e no meio da primeira baforada, refastela-se na cadeira cruzando a perna.
Aí é que foi o diabo! Com o cruzar da perna deixou que se visse que os moucassins não tinham sola! Literalmente...
O Chico Nunes, que era uma espécie de residente do Café do Silva, sempre observador e atento, debitou em voz pausada e melíflua:
- Oh Arnaldo os teus moucassins são bestiais! Diferentes de todos quantos eu já tinha visto. Parabéns pá...
- Achas? Porque é que dizes isso? – perguntou entre desconfiado e orgulhoso o bom do Arnaldo.
- Bem, é que os teus sapatos têm ar condicionado e ventilação, explicou o Chico Nunes, apontando para a inexistência de solas...

Perante a risada geral, o Arnaldo apercebendo-se da situação, e meio envergonhado, lá acabou por explicar o que se tinha passado:

1. Tinha encontrado os sapatos num caixote do lixo, já com as solas rotas e desfeitas
2.
Levou-os para casa, experimentou-os e constatou que lhe serviam
3.
Colou-lhes umas folhas de cartolina para suprir a falta das solas
4.
Calçou-os e foi a correr ao Café do Silva para que vissem que também ele já tinha uns moucassins
5. Desgraçadamente, esqueceu-se que na caminhada desde a casa dele ( R. Afonso de Albuquerque ) até ao Café, as cartolinas se foram desfazendo, deixando-o de peúgas à vista.

NOTA: Sendo sapatos de índio, os Apaches ( Álvaro, Madeira, Beja, Pombalinho, Branquinho and so on... ) foram os primeiros a começar a utilizá-los ( Vd. Enciclopédia Wikipédia )
Texto de Rui Felício

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EQUIPA DE HÓQUEI

Hoquei de RUA
Uma das Equipas da Rua Y

A Teresinha Lousada, prima do Tomane Quaresma, tambem apareceu e enviou 2 fotos para o Blog.
Nesta foto, está a Teresinha bem equipada e com as suas lindas trancinhas em baixo sendo a 2ª da esquerda e o Fernando quaresma o ultimo.
Em cima, encostado ao matulão está o Vitinha Costa.
Foto cedida por Teresa Lousada

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

UMA GINCANA NA ARREGAÇA

Toca a identificar o Pessoal

Tanto falaram na falta de participação das meninas que aqui estão duas jovens da vossa geração (hoje avós babadas) a participar na conversa. Acedemos a este Blog há pouco tempo e não queremos deixar de dizer alguma coisa.
Antes de mais os nossos parabéns pela ideia. Na idade em que nos encontramos, a recordação dos tempos doces da nossa juventude é um dos motivos que ainda nos fazem sorrir e nos aquecem o coração.
Todas as fotos, os artigos e até os comentários são memórias recheadas de muito significado.
Relatam a meninice e a juventude de uma geração no B.M.C. As nossas memórias do B.M.C, são posteriores, em virtude de só termos ido morar para a Pedro Álvares Cabral em 1961, (na casa dos pais do Fernando Freire).
Somos já da geração do Greco, sítio que apesar de, como diz o Abílio, ser de terra batida e papel cenário nas paredes, nos proporcionou a vivência de tempos muito engraçados, e que para nós as "meninas" dessa época era um oásis dado que não havia as liberdades ou (libertinagem) que há hoje.
Mas ficou a tal amizade, alguns amores e outros tantos desamores, mas tudo faz parte da vida.
Mas portava-se tudo muito bem...Pudera!!! Nem sequer faltava a Comissão de Censura...
Através de um comentário do Blog, sobre o urinol que havia em S. José e das partidas que faziam às meninas, ficámos finalmente a saber quem num célebre dia apanhou a Isabel Parreiral.
Foi um dia de alvoroço e durante uns tempos largos íamos dar uma volta enorme só para não passar aí.
Mas já agora que estamos a falar entre amigos gostávamos de saber quem é que apanhou umas valentes chapeladas??? Isto porque, segundo rezam as crónicas da época, ela chegou a casa com um chapéu de chuva todo partido por se ter virado ao rapaz. Quando se apercebeu que o marmanjo que a agarou pelos ombros e lhe chamou "prima Luísa" não passava afinal de um brincalhão consegui arrancar-lhe o chapéu das mãos e aí foi a risota geral de uns quantos que apreciavam a cena e que estavam combinados com o autor da partida. A Isabel, furiosa, desatou a correr atás do malandreco, a Hélia Águas, que vinha com ela do Liceu, fugiu na dirreção do Bairro e digo-vos, ainda hoje, conseguimos rir-nos quando relembramos o cómico da situação.



Isabel e Helena Parreiral

Foto cedido por Lena Parreiral

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AS MENINAS SEMPRE VÃO APARECENDO...

Duas jovens meninas a dizer presente.
Vieram de fora, para o bairro e levaram dois meninos do Bairro.

Parabens pela coragem apoiada das duas manas que foram referencia da sua geração no nosso Bairro. Inicialmente viveram ao fundo da Rua de Moçambique na Quinta da Cheira e posteriormente vieram para a Pedro Alvares Cabral.
O texto agora enviado pelas manas, vai dizendo assim:

Tanto falaram na falta de participação das meninas que aqui estão duas jovens da vossa geração (hoje avós babadas) a participar na conversa. Acedemos a este Blog há pouco tempo e não queremos deixar de dizer alguma coisa. Antes de mais os nossos parabéns pela ideia. Na idade em que nos encontramos, a recordação dos tempos doces da nossa juventude é um dos motivos que ainda nos fazem sorrir e nos aquecem o coração.
Todas as fotos, os artigos e até os comentários são memórias recheadas de muito significado.
Relatam a meninice e a juventude de uma geração no B.M.C. As nossas memórias do B.M.C, são posteriores, em virtude de só termos ido morar para a Pedro Álvares Cabral em 1961, (na casa dos pais do Fernando Freire).
Somos já da geração do Greco, sítio que apesar de, como diz o Abílio, ser de terra batida e papel cenário nas paredes, nos proporcionou a vivência de tempos muito engraçados, e que para nós as "meninas" dessa época era um oásis dado que não havia as liberdades ou (libertinagem) que há hoje.
Mas ficou a tal amizade, alguns amores e outros tantos desamores, mas tudo faz parte da vida.
Mas portava-se tudo muito bem...Pudera!!! Nem sequer faltava a Comissão de Censura...
Através de um comentário do Blog, sobre o urinol que havia em S. José e das partidas que faziam às meninas, ficámos finalmente a saber quem num célebre dia apanhou a Isabel Parreiral. Foi um dia de alvoroço e durante uns tempos largos íamos dar uma volta enorme só para não passar aí.
Mas já agora que estamos a falar entre amigos gostávamos de saber quem é que apanhou umas valentes chapeladas??? Isto porque, segundo rezam as crónicas da época, ela chegou a casa com um chapéu de chuva todo partido por se ter virado ao rapaz. Quando se apercebeu que o marmanjo que a agarou pelos ombros e lhe chamou "prima Luísa" não passava afinal de um brincalhão consegui arrancar-lhe o chapéu das mãos e aí foi a risota geral de uns quantos que apreciavam a cena e que estavam combinados com o autor da partida.
A Isabel, furiosa, desatou a correr atás do malandreco, a Hélia Águas, que vinha com ela do Liceu, fugiu na direção do Bairro e digo-vos, ainda hoje, conseguimos rir-nos quando relembramos o cómico da situação.



Texto de Isabel e Helena Parreiral

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CLARIFICAÇÕES

Muito se tem especulado aqui sobre gerações dentro do Bairro. Não vale a pena ignorar que existiram, embora seja difícil fazer uma divisão. Alguns passaram até por várias. Ao longo do tempo foram-se fazendo e desfazendo certas associações. Agora se fixarmos as nossas idades mais ou menos entre os 15 e os 20 anos, subscrevo quem há tempos identificou três. No entanto, em vez de anos vou usar nomes, digamos que para facilitar. Então é assim (atenção: os Apaches são um caso à parte!):


Greco: a velhada, que teve esta magnífica iniciativa (Abílio, Gil, o meu irmão Afonso e afins). Gente sensata, que dançava de uma forma esquisita, bebia vinho, fumava e ainda foi a tempo de ouvir os Beatles;

Kamuc: os yé-yé, onde pontificavam o Jorge Carvalho, Abegão e restantes . Rapazes e raparigas de bem, muito intelectuais, que bebiam cerveja, fumavam coisas e que pairavam pelo Mónaco/Xitimelo e por vezes pelo Samambaia (que saudades do Lopes, Casimiro e Brites,...);

Ferrão, Dias e Companhia (onde me incluo eu). O nosso poiso era mais o Vasco da Gama e o Centro. Também fizemos algumas incursões terroristas no Samambaia, para chatear o dono que era brasileiro. Não éramos um grupo misto (mas não éramos andróginos!). Por isso não tínhamos poiso, que isso era para quem queria tirar o máximo “usufruto” da convivência multi-sexista no Greco- Kamuc. Éramos javardos, de um humor muito terra à terra, bebíamos vinho e, os que gostavam de música, afinavam mais pelo diapasão de Woodstock. Os mais mansos também lamberam um pouco de Beatles. Num certo sentido eu diria que fomos uns Neo-Apaches, para melhor claro!

Mas também passei pelo Kamuc. No início, ainda muito tenro, era para ir chamar a minha irmã Belinha, a mando do meu pai, tentando evitar consequências para as futuras saídas nocturnas dela. Mais tarde lá assisti a alguns momentos musicais com o nosso nefrologista Cândido a beber uma colher de azeite para olear as cordas vocais, e a cantar apenas com o hemitórax esquerdo (?!). Finalmente presenciei uma cena de revolta e destruição do Kamuc levada a cabo pelo Abegão (futuro General) e pelo João Carlos (mais conhecido por Veneno) quando souberam que tinha sido chamados para a tropa. Coitadas das manas Abegão e da Olinda a tentar acalmar os moços! Graças a tudo isto, ao meu conhecimento descomprometido daquele Jardim de Éden, muitos anos depois, servi de testemunha no processo de despejo do Kamuc que o senhorio intentou, porque, tendo cessado a razão de ser daquele espaço, ele queria reaver aquela sequência linear de três garagens para lá colocar, pasme-se, um depósito de electrodomésticos. No julgamento, quando interrogado sobre se havia uma janela na parte do fundo do Kamuc, disse que sim. Foi-me então mostrada uma foto da dita parte, onde se podia ver no topo uma pequena fresta. Queria com isto o ilustre juiz concluir que eu não conhecia o local dos crimes. Logo não era testemunha da nada. Resultado: obrigou-me a estar mais de 30 minutos a discorrer sobre a semântica do conceito “janela”. Ganhei por esgotamento do magistrado (técnica que o Pinto da Costa e o Major Valentim Loureiro copiaram, sem pagar royalties...). Ainda hoje tenho esta mania de falar sem parar! Cala-te então.

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OLHA QUE DOIS...

O que estariam a combinar para passarem 4 horas a tomar uma bica.

De certeza que já não se viam ha muito e que falaram sobre o Cavalo Selvagem, sobre o Baile das Vindimas em Vizela com as netas do Juiz Ordoñez, sobre os moucassins do Arnaldo Estaralha, e das galinhas do Mourato.

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PRAXE

Quase todos estivémos sujeitos a ela, mas poucos devem ter lido o respectivo código, um livrinho de 112 páginas e dividido em IX livros de acordo com os temas.
A minha experiência resume-se a duas intervenções; como em Coimbra só fui bicho, nunca andei em trupes, mas uma vez fui apanhado por uma na Av Dias da Silva ao pé da GNR; ia com a minha Mãe quando fui abordado e à tradicional pergunta respondi que era bicho, mas que ia com a mina Mãe; a trupe reuniu-se e deliberou aplicar-me uma tesourada simbólica, pois não ia de braço dado…
A outra, não sei se por esta ordem cronológica, aconteceu quando um Tio meu, professor em Leiria, veio com uma excursão do Liceu de lá e fomos visitar a Universidade.
Claro que me fardei logo e lá seguimos… quando descemos as escadas da Faculdade de Direito estava um maralhal à espera; vieram logo ter comigo (era o único de capa e batina), fizeram-me a pergunta da praxe e ainda me perguntaram se eu não sabia que um bicho não podia entrar de capa e batina na Sala dos Capelos.
Resultado: tive de carregar com um doutor às costas até à saída da Porta Férrea… A praxe até era composta e tinha regras devidamente escritas e aprovadas pelo Magnum Consilium Veteranorum: aprovatus est ad valere legem urbi et orbi.
Até já pareço o Felício…
Texto do Mário Pinheiro de Almeida

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MEMORIAL DO CAVALO SELVAGEM

O Memorial do Cavalo Selvagem está já a caminho.
Com tanta gente que estudou no D. João III , na Brotero e tambem no Dª Maria ,não seria de estranhar que o Memorial já seja um êxito. ( mencionaram-se estes ultimos estabelecimentos para não segregar as meninas e os futricas....eheheh).
Lancei a confusão, agora aturem-nos. Lancei o Blog a brincar e agora a coisa virou sério.
E com isto temos aqui um estudo exemplar na iniciativa, do :
Abilio Soares- o Grande Fundador do Greco.
Concordo plenamente com a ideia do livro que deve de certa forma, na minha opinião, corresponder ao fim dum ciclo. Esse ciclo delimitá-lo-ia, no limite, ao dia do nosso Encontro em Outubro. Assim compreenderia não só o transcrito no blog como também a descrição documental (escrita e fotográfica) do Encontro de Gerações.
Claro está que tudo isto implicará uma sistematização e reordenamento da documentação do blog. Por outro lado, parece-me que é necessário agregar mais documentação que poderá entretanto ser conhecida pelo enriquecimento do blog por alguns dos que ainda nem têm conhecimento de toda esta movimentação.
A Comissão do Livro (CL) que poderia ter o título p.e. MEMORIAL DO CAVALO SELVAGEM -- VIVÊNCIAS NO BAIRRO NORTON DE MATOS (em sub-título),quanto à capa poderia ser p.e. uma figura estilizada dum cavalo selvagem com uma pata sobre uma bola de futebol.
Após o encontro a CL trataria de fazer todas as diligências para organizar todas as matérias e efectuar todos os contactos para a sua edição. Evidentemente que tal como já referido poderíamos arranjar apoios publicitários que fizessem diminuir os custos. O lançamento do livro seria efectuado no Centro Norton de Matos, com a devida e necessária pompa, em data a anunciar atempadamente no Blog. A data seria num espaço de tempo tão curto quanto possível pois que a tarefa não vai ser "pêra doce".
Um dos elementos da CL para além do óbvio e consensual nome do Rafael poderia ser o Garcia (Livraria Minerva), que já não encontro há algum tempo, que não deve saber deste Encontro, e que querendo poderá ser um elemento fundamental.
Se concordarem com estas dicas há que organizar a Comissão do Livro (CL). Apareçam os voluntários.

Texto do Bilinho Soares

Lancei a confusão, agora aturem-nos. Lancei o Blog a brincar e agora a coisa virou sério.
Foi uma provocação Apache aos Grecos, mas sempre senti que tinha os Kamucs por perto a ajudar para o que fosse preciso. Ainda não apareceu mais nenhum Apache, mas os meus meninos Kamucs andam nas 7 quintas ora vejam ( o Jojo, o To Ferrão, o Ze Leitãozito e o Ni Bomba ).

Do Alvaro Apache

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ISTO ESTÁ FUSCO...


A COISA ESTÁ NEGRA MAS TODOS, TODOS NÓS PODEMOS NOS DIAS 1, 2 e 3 de JUNHO, DAR A RESPOSTA QUE ELES MERECEM !!!!!! NÃO TE ESQUEÇAS TODOS NÓS , ÉS TU TAMBÉM.


NÃO ABASTECER NOS POSTOS DA

GALP, BP E REPSOL

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NADAR NA BRIOSA

Este cartão tem a data de 25 de Junho de 1958, está mesmo a fazer 50 anos!!!Lembro-me que eu e outros pestes, no dizer do Rui Felício, atirámos uma tarde com o Tomané Quaresma, que estava distraído, para dentro de água na zona das pranchas de saltos. E ficámos a rir.
Só que o cabrão não havia maneira de aparecer à tona para gozarmos ainda mais com ele. Éramos (e somos) mais putos do que ele. Ai o caraças, afogámos o gajo!!!
Já quase estávamos a pedir socorro, quando o cabrão do Tomané estava na outra ponta da piscina a acenar prá gente, gozando que nem um perdido!O filho da mãe tinha feito a piscina debaixo de água.
Se bem me lembro, o Tomané Quaresma também era nadador da nossa Briosa.
Gim

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E A PISCINA? NINGUÉM FALA DELA?

E aqueles fatos de banho horrosos de lã, com cinto, que picavam como o caraças?
Muito antes do latex...
Gim

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NI, DA RUA DO VOLTA ATRÁS

Estou bastante abatido, sinceramente não contava com um retorno ao admirável bairro novo, também quero ajudar com as memórias do meu grupo “Tó Ferrão” e também do Samambaia e do Mónaco, assim como do Centro de Recreio e da nossa equipa de Ginástica, comandada pelo Prof. Terra (Médico cardio. no Hospital de Santarém.
Vou ao baú das recordações, registo as gravações do Kamuc com o célebre programa “Kamucvisão” com o Manuel Campante muito melhor que o (Vinhicios de Moraes).
Vou igualmente trazer a perseguição movida pelo talhante do Colmeia, de bicicleta e com a faca de trinchar na cesta atrás no suporte da bicicleta com a correspondente fuga para os prédios da previdência, simplesmente porque lhe chamamos Barril de M. ….
Do Cruz com a sua Triumph Trident à porta do Silva.
Qualquer noite passada com o gang, deambulando pelo Bairro e Marbran, terminando com uma caçarola de arroz de cabidela ou um churrasco, excelentemente cozinhado pelo Sr. ? Moçambicano e já falecido, como sobremesa umas fitas a terminar da autoria do Tó Ferrão.
Malta, vou compilar as estórias e as fotografias das origens a preto-e-branco.
Um grande abraço,
Ní da Rua de Chaimite n.º 2 3030-048 Coimbra ou Eduardo Jorge Leitão de Carvalho

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OBITUÁRIO

Amigos:
Hoje deu-me para a tristeza ao reparar na lista dos falecidos. Lembrei-me de enviar este textito de homenagem aos nossos Cavalinhos Desaparecidos.
Sem tentar ser lamechas ou mórbido, acrescentem o que souberem, que, Deus queira, sejam poucos…
Aos Cavalinhos Que Já Se Foram Mas Que Voltam À Nossa Memória
Com tantas surpresas tristes com que, na cavalgada do nosso Blog , deparamos, talvez se justificasse, um espaço de saudade e que vinque a presença dos cavalinhos que se foram desta vida.
Recordo:
- Campante da Rua A
- Tó Zé Fiscal da Rua A
- Jorge Gomes da Rua de Marracuene
- Fernando Beatle da Rua da Guine,
- Mário (irmão do Emílio),
- Sérgio da praça dos Açores,
- Diamantino e a Irmã da Rua F
- Anabela Lourenço da Rua H
- Políbio Serra da Rua da policia,
- Rosa da Praça dos Açores,
- Alvito da Rua de Macau,
- Luiz Pratas da Rua F
- Celeste Santos da Rua Nuno Tristão
- Folgado da Rua I
- Domingos da Rua D
- Ze Neves da Rua A
- Zeca Mestre
- Ze Estrela
- Rui Umbelino da Rua de Marracuene
- Arcindo Bastos da Praça dos Baloiços
- Mario Buzano da Rua Y
- Ze Luis Pasteleiro da Rua da Guine
- João Azevedo da Rua Carvalho Araujo
- Carlos Gomes da Rua A
- Jose Braz da Praça dos Açores
- Fernando Melo da Rua Y
- Carlos Paula da Rua H

O Peres , o Zé Trego, o Raúl Figueiredo e, espero, que o nosso triste balanço fique por aqui…
Devemos marcar a presença deles neste Blog e, não apenas, nos nossos emocionados comentários ou numa fria base de dados…
Continuam presentes e, serão sempre dos nossos.
Rui Pato

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LISTAS DE ESPERA

Está na hora de falar do António Luís dos Santos Ferrão, também conhecido por Tó Ferrão, Ferrão ou simplesmente Tó. O nome vai encolhendo à medida que a intimidade aumenta. Não deixa de ser estranho esta relação entre encolhimento e intimidade. Aprendi na minha vida, com algum esforço, que estas coisas jogam ao contrário. Quanto mais íntimo maior ... e melhor. Acresce que para mim Tó sempre me lembrou palavras cruzadas: animal com duas letras. Hoje a malta nova não liga nada às palavras cruzadas. Dedicam-se ao Sudoku. Diz que desenvolve a mente, como os flocos de cereais ou os iogurtes com pedaços. Enfim, teorias. Mas eu penso sobretudo nos efeitos colaterais destas actividades cognitivas, dadas as ressonâncias casapianas do nome. Adiante.

Regressemos ao Tó Ferrão quando ele era o nosso trabalhador-estudante. Onde (quando e se) estudava, não sei. Mas sei que trabalhava no velhinho hospital universitário, vulgo HUCs. O Tó Luís (mais uma variante para o nome, que cai bem com o meu grau de intimidade(s)) sempre foi uma pessoa amiga do próximo, curiosa e inventiva. Daí que passeasse com frequência pelos corredores do hospital à procura de uma alma a precisar de ajuda. O que num hospital, convenhamos, não é difícil! O seu local preferido eram as consultas externas. Aí, um dia, encontrou um idoso (como nós) a quem perguntou do que estava à espera. Perante a informação de que aguardava por ser chamado para uma radiografia à cabeça o Ferrão diz-lhe simplesmente: “Então, homem, porque espera??? Venha daí comigo”. E o homem seguiu confiante o Tó Ferrão, enquanto ia repetindo ad nauseum (esta é uma indirecta para o Felício) “Obrigado Sr. doutor!”. O TF leva o sujeito para dentro de uma sala, manda-o tirar a roupa (sempre era uma radiografia à cabeça!) e entrar para dentro de um armário. Isso mesmo: um a-r-m-á-r-i-o! O homem no meio de tanta amabilidade não pensou duas vezes (se é que podia dada a natureza da radiografia) e nem protestou: entrou. Todos sabemos que os médicos, ao contrários daquelas senhoras que exercem a mais antiga profissão do mundo, são intocáveis e quando gemem não é a fingir. Logo não se pode duvidar do que dizem ou mandam fazer. O TF fecha a porta do dito armário, espera um pouco (nestas coisas convém dar um ar de solenidade à devassa do corpo alheio) e depois diz a killing sentence que todos conhecemos, porque já passámos por elas: “Encha o peito de ar. Não respire!”. Dá um murro no armário e grita: “pode sair”. “É tudo Senhor Doutor??” atreveu-se a questionar o nosso paciente. “Porquê?” diz o Ferrão num tom que não admite réplica. E pronto.

A coisa complicou-se quando o evento foi conhecido pelas altas instâncias hospitalares. Mas o Tó lá se safou (como sempre aliás). Afinal o pai mandava naquilo! Mas eu acho que houve muita ingratidão por parte da direcção hospitalar. Afinal o Tó Luís tinha descoberto a solução para as listas de espera! E a custo zero...

Ernesto Costa (ako Jó-Jó)

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

OS BOTÕES

Aqui há uns tempos, em arrumações em casa dos meus Pais, encontrou-se uma caixa, já em adiantado de decomposição, mas cujo conteúdo estava intacto e em condições de ser utilizado.

Os meus botões.

Alguns penso que já mudaram de nome, outros se calhar nunca o tiveram, mas nunca trocaram de camisola. Trocaram os casacos e gabardinas pelos “relvados” das mesas de futebol.

Em baixo, à esquerda, está a palheta. Falta a bola (marca Couto – pasta medicinal).

Um abraço

Jorge Carvalho (Jó), dos Protões

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O SENHOR COMENDADOR

Capa do livro "O senhor comendador" , foto e pequena biografia do autor, Cândido Ferreira, distinto médico nefrologista, e bem conhecido do Tó Ferrão, Rui Pato, Zé Trego, Vilelas, e muitos outros artistas, organizadores e participantes em noites culturais realizadas na casa ao lado do Café Mónaco.
O Dr. Cândido, na qualidade de escritor, podia dar uma ajuda no projecto cultural relacionado com o Blog em papel.
Abraços
Texto e foto de Jorge Carvalho (Jó)

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"ESTRELAS" DOS ANOS 50

Olhem para estas "estrelas" dos anos 50!!
A da esquerda é a....................de cá e não de Calcutá......mas que é toda santidade.... no nome pois é Santos e Bento...airosa!
A da direita é a "foste ao jardim da...............giró flá, flá, flé,,,,,,e o carvalho é a sua madeira preferida!
Rafael

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UM MIÚDO DO KAMUC


Do amigo D´Abranches " O Ze Leitão "
Meus amigos!Foi e, está ser um momento de grande emoção!
Alguém me enviou o Blog Cavalo Selvagem.
Sou da "colheita de 48" e portanto, os anos 60 ( nos meus 15, 16 anos...) o Bairro era o meu "paraíso"...depois da vinda do D.João III, pelos Lóios...e os livros ficavam em casa na Rua do Brasil...e pirava-me para o Bairro onde tinha os meus melhores amigos! Na Foto Tó Ferrão e Ze Leitão.
Estas irreverências, por vezes, tinham um sabor amargo, devido à educação estremamente rígida dos Pais. Mas adiante!!! Só aos 18 anos é que tinha permissão, e chave de casa, para sair por pouco tempo, depois de jantar...
Muitas vezes, uma janela, estratégicamente mal fechada, dava para entrar em casa!!!?... e os livros abertos, em cima da secretária...dariam para disfarçar a chegada mais tarde do autorizado.
Claro que, tal como o Jó Jo´...eu alinhava com a malta dos Apaches, ligeiramente mais velha...e as aventuras eram as mais "diabólicas" que se possam imaginar. Hoje recordo alguns episódios aos jovens alunos da "minha Escola"...que ficam de boca aberta...com os Apaches ( les enfants terribles ...) nas suas irreverentes e saudáveis aventuras). Permitam-me fazer uma ligeira correção.
Neste momento ( já lá vai um ano ) estou (tal como já escrevi no meu Blog...
* Sentado à mesa, onde lavro, aro e semeio o caminhar dos dias, e ainda o eco do ciclo da vida profissional que terminou, bem presente no ouvido, dedico-me à escrita. É neste enquadramento sereno e calmo, que me ponho a pensar no que hei-de escrever...
Muitos trechos haveria para escolher, dos 59 anos de vida vivida com o entusiasmo que o saber das diferentes idades me foi permitindo desfrutar. Sinto-me como como se quizesse fazer ecoar todo um caudal de vida, pela garganta estreita da ponta da caneta*, para esta folha branca feita foz.*

Portanto, como devem imaginar, agora VIVO...ora cá ora em New York, onde tenho a família.
Claro que já tive de alterar o "programa" e em Outubro estarei novamente em Portugal, pois não quero falhar o Mega Encontro.
Alguns dos amigos não os vejos desde 1969!!!!??? E depois de ler...e reler o vosso Blog...as recordações são em catadupa...felizmente os "neurónios"...ainda estão bem...e a memória é de "elefante" como soi dizer-se!!!
Mas, permitam-me que vos faça uma sugestão: Permitam que eu e outros "bloguistas" ... .escrevam directamente no Blog...as aventuras vividas nos Anos d´Oiro!!! Estou já a compilar alguma "prosa"...para vos enviar. Hoje envio, e de momento para além fantásticas fotos dos Ginastas do bairro, de que tenho as mesmas, envio-vos uma foto tirada com o impagável Tó Ferrão, que herdou o BOM HUMOR do senhor seu Pai!!! Ele mais que ninguém, e perdoem-me os mais velhos, alguns dos quais só me lembro de ouvir falar neles, terá o "dom" de relatar inumeros epísodios da "saga" chamada Bairro Marechal Carmona, chamada Cavalo Selvagem. Para os mais velhos, recordo que sou irmão de um "campeão" de bilhar - recordam-se do Café Aquário" e da Vitrice, onde este meu irmão dava "espectaculo" a jogar Snooker!!!! Mas eis a foto tirada no estádio de Ramalde - hoje na cidade chamada Maia, aquando da inauguração deste. Estávamos em 1967!!!??? E tenho de recordar uma pessoa que nos aturou, e de que maneira, as nossas tropelias...O senhor Vasconcelos, que até a cama colocou no corredor do Hotel onde ficámos instalados, para não haver nenhuma aventura nalgum quarto das meninas!!!!!??? Nós de um lado, as meninas do outro!!!! Mas muita água irá correr debaixo da ponte!!! Fico entusiasmado com a publicação do LIVRO. OK???
Grande abraço para todos
Texto de José D´Abranches Leitão

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A PRÉ-INAUGURAÇÃO DO CENTRO

Há coisas que mudam devagar ou não mudam de todo. O edifício do Centro ficou pronto muito antes da inauguração pelo Cabeça de Abóbora, vulgo Américo Tomás. Havia, no entanto, curiosidade de saber as funcionalidades das instalações.
Nesse tempo eu e o Tomané Quaresma, filhos de directores, tínhamos acesso às chaves das portas e grande vontade de estudar. Formou-se portanto um grupo de estudos multidisciplinar que tinha como membros permanentes, tanto quanto me lembro, eu, o Tomané e o Elói de engenharia, o Zé Alvim e o Pena de medicina, o Serginho de letras e o jurista Felício. Integrava ainda "convidados" variáveis cada noite e tinha como director logístico o Carlos Falcão que todas as madrugadas nos levava pão acabado de confeccionar.
Os workshops incluiam ping-pong na biblioteca, bilhar e cartas na sala maior, petisqueiras por todo o lado e ginástica, tudo isto entremeado com palestras de análise literária para engenheiros, noções de anatomia patológica para linguistas, direito civil para médicos, equações diferenciais para juristas, filosofia para todos, etc.
Todo este esforço, que só acabou quando eu parti um braço numa sessão de saltos de plinto, deu resultados palpáveis:
Chumbámos todos nesse ano e cimentaram-se amizades que, pelo menos para mim , ainda duram.
Texto do João Ferreira ( João Jose ou Big John ou João da D. Rosa)

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OS CALOIROS EM 65

Em cima, da esquerda para a direita:
Pedro Sousa Dias, Victor Soares, Leal ?, Zé Morgado Pereira, Armando e a imperdível menina Virgínia, empregada do Silva.
Em baixo, pela mesma ordem: Nené Castro e Silva, Zeca Gomes, Rui Pato e Simão.

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VÓLEI DO CENTRO

Uma das equipas de vólei do Centro

Nomes que compunha esta equipa:
Carlos Caldeira Marques-Victor Oliveira-Paixão-António Manuel-Quim Pereira-Luis Nunes-Rascão-Machado-Tó Mané Matos-Fausto-Chico Duarte-J´sé Barros-João Campante-Fernando- Madeira-Júlio Matos-António Murat-Inácio Batanete-Chico Cortês Vaz-Taborda-Vitor Lopes-Polibio-Sérgio Seixas-Fernando Fernandes-Melo-João Carlos Pinheiro.
Treinador Cipriano
Seccionista João Campante
Directores-Quaresma, Cardoso e Rato
Nas épocas de 1973 a 1975 foram Campeões Distritais, destronando os crónicos campeões Bombeiros Municipais de Coimbra!

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OS JOVENS DO BAIRRO

Como seria natural, vi varias fotos de gentes e não conheci ninguem.
O que é que eu queria mais?
Isto ate me acontece ao vivo, quando a caminho da minha aldeia milenária da Moura Morta, passo pelo Bairro a ver se vejo alguem conhecido. Aproveito então para meter a cabeça no Vasco da Gama, no Samambaia e no Centro ..... e nada. A patroa vai ao pão comprar uns papo secos numa padaria que para la montaram, onde era a sapataria, a barbearia do Simões Gerebisseman e a sala de bilhar do Abrigo. Até o talho do Cristo virou moda, mas a antiga peixaria do Ti Manel virou na tasca do Luis, há muitos anos.
Passo pelas ruas estreitas do nosso bairro, que naquela altura eram verdadeiras avenidas ... e hoje, até parece que o carro lá não cabe. Estas passagens fazem-me recordar quem la morava nos meus tempos de meninice e de adolescência e da-me força para fazer o levantamento dos jovens dos anos 50-60-70.

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AGORA É QUE SÃO ELAS

O LIVRO de Recuerdos
O Gim e outros já lançaram a ideia de se lançar um Livro sobre as memórias, as aventuras, as desgraças e as gentes do Bairro.
Como não podia deixar de ser, o Felicio agarrou a ideia e começou já a gerir o Projecto.
Já deu ordens e instruções para que tudo funcione....e já pôs o rabo de fora.
Então apreciem tal descaro a tentar-me convencer.

Alvaro Amigo,
A ideia do Gim é boa. O chato é dar execução.
Proponho a seguinte Administração da Comissão do Livro:
Rafael - Alvaro - Tomané Quaresma - Gim - Rui Pato
Sem que a ordem signifique qualquer hierarquização. As razões são as seguintes:
Há três gerações distintas na malta do Bairro daquela época:
1. - A dos mais antigos ( maiores de 64 anos )
2. - A dos de certa idade ( entre os 60 e os 64 anos )
3. - A dos miudos ( menores de 60 anos

Assim, se bem repararem, o Rafael fará a ligação entre a 1ª e a 2ª geração e o Álvaro entre a 2ª e a 3ª.
Funções:
Álvaro e Rafael - Coordenadores
Tomané Quaresma: Orçamento e angariação de patrocinios ( embora eu ache que o sucesso editorial que o Livro vai ser, qualquer Editora arriscará a sua publicação )
Gim: Comunicação e publicidade
Rui Pato: Saude ( para manter a malta em boa forma fisica e mental ) e Animação ( para programar a festa de lançamento do LIvro )
Como Assessores, proponho o Tó Ferrão e o Jo-Jo ( para o que calhar ). Especialmente o Tó Ferrão era um toca a tudo, por isso será útil em qualquer desenrascanço

Rui Felicio

Nota minha: Com este descaramento todo, penso que não haverá ninguem que se negue a tal acto de coragem.Eu cá ainda proponho um lugar de argumentista para o Felicio. No entanto e com os velhos habitos machisantes, esqueceram-se das meninas. Então as meninas foram postas de fora? Só alinho se aparecerem no minimo três meninas para ajudarem a arrumar a loiça e a lavar a roupa suja deste pessoal....ehehehehe
E ainda diziam que os Apaches eram uma seita de malfeitores. Tratavam sempre as meninas com deferência. Não podiam era namorar a sério. Só podiam namorar a brincar. E eu que o diga.....
Tambem proponho para colaborar, o jovem Hugo Gonzaga da Rua H.......que já tem publicações sobre a historia do Bairro. O Rafael pode convidá-lo para tal desiderato.
Bora lá...bora lá....
Velho Apache

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terça-feira, 27 de maio de 2008

UMA HISTÓRIA DOS NOSSOS DIAS, PARA VARIAR

Esta tem uns anitos, uma dúzia talvez, é passada com dois gajos do Bairro e é hilariante! Ou melhor, três gajos.
Moro numa pequena rua sem trânsito, perdida, em S. Domingos de Benfica. De um dia para o outro ficou toda esburacada pela CME. As obras demoraram, demoraram...
Uns tempos depois, a minha caixa do correio ficou atolada com papelada da TV Cabo. Finalmente, ia ter televisão em condições. Em casa, nem antena tinha...
Preenchi a papelada que me foi solicitada e esperei.
Passaram-se semanas, semanas e semana e nada!
Tinha um amigo na TV Cabo, liguei-lhe, expliquei-lhe a situação. Eis o hilariante diálogo: "Ó pá, a tua rua não existe!". "Não existe? Então como explicas que cá viva?". "Para nós, para a TV Cabo, a rua não existe, não consta nos nossos papéis, nem no nosso planeamento". "Então porque me andaram a encher a caixa do correio?". "Tens alguma caixa nossa ao pé da porta da rua? Tem a parte de cima inclinada?". "Exactamente, tenho isso tudo". Foi assim que fiquei a saber que as caixas da TV Cabo têm a parte de cima inclinadas para o pessoal não se sentar em cima delas.
Ficámos assim, num impasse.
Passados uns dias o meu amigo da TV Cabo ligou-me: "Ó pá, tens razão!". "Claro que tenho razão, eu tenho sempre razão!". "Mas olha que tive de ir pessoalmente à tua rua verificar in loco que a caixa era nossa!". "Mas como vieste cá se a minha rua não existe?". "Não gozes comigo!".
Passados uns dias já era um feliz cliente da TV Cabo!
Actores:
Cliente TV Cabo: moi, je
Administrador TV Cabo: Tomané Quaresma
Administrador CME: Vasco Canhão Ágoas

Gim

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QUE BELEZA!

Quem são? Quem são? O cenário é o magnífico Cavalo Selvagem!
As flausinas - com todo o respeito - são a D. Irene Faustino, a Gina e a Jú (não confundir com a irmã da Titá). E foi o marido da Jú, Toneca Morais Lopes, quem arrebanhou o Rui Felício para este regresso ao passado. Um FRA pró Toneca!
Foto cedida pelo Jó, dos Protões

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LEITE BRAGA - UMA FÍGURA ÍMPAR

Leite Braga - Uma figura impar que atravessou varias gerações bairristas

Vamos criar alguns Titulos para que sejam postadas evocações de figuras interessantissimas do nosso Bairro e de que ainda hoje nos lembramos e nos rimos com essas singelezas.

Começamos com Leite Braga que tem sido lembrado nalgumas tropelias da nossa juventude:

- Quando o Gim corria com o gato dele à pedrada. - Anda cá oh Belchior que o sacerdote ainda te mata.-
-Na sueca tinha uma maneira muito especial de contar os pontos da sueca

- treze era tresa maria de Jesus, -
-catorze era c'a trouxa às costas….

O Felicio não esquece uma partida de sueca que fez com o Gim contra ele em que o parceiro dele era o Sérgio que obviamente estava feito eles.
O Felicio puxa um Ás e ele cortou com o Ás de trunfo. Já se preparava para recolher a "vasa", quando com ar admirado viu que o Gim recortou também com Ás de trunfo ( de outro baralho, é claro ).
E disse, desanimado:
Este "sacerdote" tem cá uma vaca!.. Nunca tal me tinha acontecido...

Outra -----------------
Quando ele se queixava da mulher, que se bem se lembram era gordinha ( que me desculpe a linda filha que eles tinham... ), de que se ela se fartava de o azucrinar por causa da bebida:
- A MINHA MULHER É UMA ESFERA! DÁ ME CABO DA PACIÊNCIA!
Claro que a mulher era quase uma esfera, mas o que ele queria dizer é que ela seria uma fera...

Nota: Pelo carinho que nos mereciam, sugiro outros como o Sr. Simões barbeiro ( Gerebisseman), Sr. Rosa da Academica, o Domingos engraxador, Sr. Cardoso da Rua I, ...... etc

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SAI UM AVIZ PEQUENO PRÓ AFONSO!

Bastou eu estar off side uns dias (ainda não estou a 100 %) para aparecerem as boas notícias: a Titá, o Rui Felício e outros escribas que eu conheço menos... se calhar, o melhor é mesmo eu voltar para a cama, onde tenho menos vertigens.
Lembro-me perfeitamente das trombas do Felício e daquele sorrisozinho que orgulhosamente ostentava para delírio das meninas e raiva nossa. Sim, sim, também me lembro das diabruras do Felício nas sessões de estudo lá para o Pinhal de Marrocos.
E lembro-me bem quando entrava ufano no Silva para o xadrez e exclamava: "Boa tarde, deixem-se estar sentados!". Ou era o teu Pai? Bom, não importa.

Folgo em ler-te, Felício, e que estórias deliciosas!
Mas o intuito deste post é a prometida estória do corrupto Afonso Costa.

O Afonso Costa era o meu Comandante de Castelo na Mocidade Portuguesa. E aquela p* era às quartas-feiras à tarde e aos sábados de manhã. Uma violência!
Como resolver? Muito fácil. Todas as quartas-feiras lá ia um maço de Aviz dos pequenos para o bom do Afonso e eu ficava na Praça P com os meus amigos a jogar ao prego, com as caricas ou a meter golos nos bueiros.
"Aos sábados é que tens de ir, não posso fazer nada, é muito perigoso" - e lá tinha eu de ir.
Aliás - se bem me lembro - até me parece que foi o Afonso que me fez fumar o primeiro cigarro, um Três Vintes, numa descida do Cidral.
O que é feito do Afonso y sus hermanos?
Como podem ver pela fotografia - 01 de Dezembro de 1958 -, tudo com o passo trocado, a minha farda é a mais coçada. Pudera! Herdei-a do meu irmão mais velho!
Gim

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HINO DO BAIRRO

Duas canções de "intervenção" da altura

O Hino do bairro

Teve origem na malta da Praça P ( Açores ) e tinha música de um hino situacionista, cujo nome não me lembro , mas que começava assim:

A Oeste da Europa
E juntinho ao oceano
Está o nosso Portugal
Querido torrão lusitano
Etc, etc,


E a malta adoptou para:

A Oeste de Coimbra
E juntinho ao nosso bairro
Está o nosso lindo club
Querido torrão bairrista

Na sueca o terceiro
O mais valente nos copos
Nas bebedeiras o primeiro
Das valentes bebedeiras
Resultam belas acções
Mesmo próprias dos borrachões

E já não me lembro mais…..

o Peditório de Finados,
com a abóbora ou a caixa de sapatos

Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À sombra da santa cruz
Truz, truz, truz

Senhor que está lá dentro
Sentado no seu banquinho
Faz favor de cá vir fora
Para nos dar um tostãozinho…

Se davam alguma coisa, cantava-se

Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum anjinho

Se não davam nada

Esta casa cheira a alho
Aqui mora algum espantalho

Ou

Ferrão, ferrão
Esta casa vai ao chão…

E depois era ir até ao marco do correio contar o pecúlio arrecadado….

Texto do Mario Pinheiro Almeida
pub.27mai08

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ARNALDO MENDONÇA, O ESTARALHA

O ARNALDO MENDONÇA
Histórias do Bairro
27-05-2008
Ainda se lembram dele? Morava na R. Afonso de Albuquerque perto da Praça dos Baloiços.Que será feito dele? Há uns largos anos disseram-me que era pintor, no Porto, mas nunca pude confirmar.Aliás, valha a verdade, pintores todos somos um pouco, por isso o Arnaldo Mendonça, se o é ou foi, não faz ou não fez nada em que nós todos não sejamos especialistas.Numa tarde ensolarada, estava a malta espalhada pela esplanada do Café do Silva, carregados de livros, só para enfeitar, quando repentinamente passa o Arnaldo Mendonça disparado em alta velocidade, de bicicleta.Coisa estranha. De facto, ele não tinha bicicleta, pelo menos que nós soubéssemos.Ainda mal tínhamos acabado de comentar a novidade, eis que de novo o Arnaldo, o cu levantado do selim, e o corpo curvado, passava uma vez mais à nossa frente exibindo os seus ignorados dotes velocipédicos em louco sprint.À terceira vez, resolveu parar, estacionou a bicicleta junto ao passeio e juntou-se a nós com ar orgulhoso à espera das nossas reacções.Claro que elas não se fizeram esperar:

- Eh pá, que luxo! Tens uma bicicleta nova e nem dizias nada à genteatirava o Chico Nunes.
- Nova é como quem diz - corrigia pachorrentamente o Elói. Realmente aquele chaço parece ter mais de cem anos!
- Cem anos não digo, mas para aí uns 90 não deve falhar, completava o Zeca Mestre que se pelava por ser rigoroso nas suas conjecturas.
Enfim, uns elogiavam a nova máquina, outros, a maioria, talvez ressabiada por não ter nenhuma, ia-lhe encontrando defeitos.
O Arnaldo Mendonça reconhecia que não era nova, longe disso, tinha até sido muito barata no ferro velho onde a descobriu, mas que era uma grande máquina, cheia de características ( fosse lá o que fosse isso... ), não tinha dúvidas.
Garantia que ela atingia altas velocidades ( devia ser de algum motor oculto...), e conferia uma completa segurança nas curvas.
E para demonstrar essa magnifica segurança, prontificou-se a fazer uma demonstração.
Montou na bicicleta, tomou balanço, e já em boa velocidade, junto à entrada da Rua Infante Santo, quis fazer uma curva apertada à esquerda, inclinando o corpo e a bicicleta.
O raio é que, quando o Arnaldo guinou repentinamente o guiador para a esquerda, este partiu-se e, claro, não comandou a viragem da roda.
Ou seja, a bicicleta continuou em frente quando o pretendido era que ela flectisse para a R. Infante Santo.
Final da História:
A bicicleta galgou os arbustos do quintal da casa que faz esquina com a Infante Santo e foi aterrar em cima do Sr. Remédios que sossegadamente descansava ao sol num cadeirão dentro do seu próprio quintal.
O Arnaldo, de guiador na mão e um golpe na testa, pedia desculpa ao incrédulo e assustado Sr. Remédios.
E passados tempos, o Sr. Remédios mandou colocar uns arames entrelaçados nos arbustos.
Nunca cheguei a saber se para homogeneizar os arbustos, ou se para evitar futuros acidentes...
Talvez o Arnaldo Mendonça um dia nos possa explicar.
Texto de Rui Felício

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